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Muito além dos robôs, casais: quando a robótica é cenário para encontrar o amor u3ts

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 12 de junho de 2025

Neste Dia dos Namorados, veja como a robótica faz parte da história de casais por todo Brasil


Ah, o amor está no ar e que a robótica é para os apaixonados, ninguém duvida! O que talvez você ainda não saiba é que ela também ajudou a juntar corações robotiquers por todo o Brasil. Entre robôs, planilhas e o calor das competições, ex-competidores, professores e voluntários acabaram encontrando o amor da vida deles.

Luiz Guilherme, 30 anos, por exemplo, ganhou na robótica uma família e não falo só da que ele construiu ao lado de Patricia Miranda, 29 anos, mas também a grande rede de amigos e apoiadores que formou nos torneios. Gui, como é conhecido pelos colegas, atua como juiz nas arenas da FIRST LEGO League Challenge (FLLC) nos torneios do Serviço Social da Indústria (SESI) desde 2012.

Ele conheceu a esposa ainda na época em que ambos integravam a equipe LEGO WÜRTH, da Escola Municipal Professor Thiago Würth, em Canoas (RS). Estão juntos há 12 anos e hoje são pais do Bernardo, de 8 anos, e da Mariá, de 1.

“A robótica fez parte da minha vida desde cedo e foi fundamental na minha formação como pessoa. Nossa equipe participou de três mundiais, e foi nessa jornada que conheci a Patrícia, que hoje é minha esposa. A robótica não só nos uniu como casal, mas também nos ajudou a crescer como seres humanos”, lembra Luiz Guilherme.

Atualmente, ele trabalha como tatuador e cursa licenciatura em Computação, com o objetivo de dar aulas na área de robótica. Além da conexão com os jovens e com os torneios da FLLC, a inspiração para seguir esse caminho veio de amigos voluntários e de sua esposa, formada em Pedagogia e Matemática, que dá aulas em duas escolas públicas do estado.

Em 2024, a família de Gui foi uma das atingidas pelas fortes enchentes no Rio Grande do Sul e nesse momento todo esse carinho e dedicação pela robótica lhe foi devolvido. Para ajudar a família a se restabelecer depois de ter a casa tomada por água, os amigos organizaram diversas iniciativas. Uma delas foi um mutirão de pedido de tatuagem em uma das viagens de alinhamento.

“Me incentivaram a levar os materiais e avisaram um monte de gente. Acho que cheguei a tatuar 12 a 15 pessoas de noite, entrando pela madrugada, depois dos alinhamentos da última temporada de robótica”, contou Gui, que coleciona também prêmios como tatuador.

“Os valores da FIRST seguem presentes, tanto na minha profissão, quanto na minha família. Isso nos permite uma relação saudável. Não trocaria minha história por nada”, declara Luiz Guilherme.

Do torneio ao altar 6d3z1h

Ligado à robótica desde 2015, quando participou como competidor, Matheus Campelo, 23 anos, continua presente nos torneios até hoje, agora atuando como voluntário. Ele é desenvolvedor no Porto do Itaqui, em São Luís (MA), onde conheceu a esposa Safira Beatriz Marques, 22 anos. Na época ela era estagiária e não conhecia o universo da robótica educacional ainda.

Durante as temporadas de robótica, Matheus é juiz chefe de projeto de inovação nos torneios e adora espalhar as mensagens das competições para outras pessoas. Assim, quando ainda estavam começando a se conhecer, ele convidou Safira para visitar o torneio regional do Maranhão.

“Pedi para ela ficar um tempinho lá e, se não gostasse, poderia ir para casa. No final do dia, mesmo sem eu poder ficar 100% acompanhando, ela ainda estava lá. Fiquei muito surpreso e ainda vi vídeos no Instagram do SESI/MA dela dançando no palco. Ela realmente se apaixonou por aquilo e eu me apaixonei ainda mais por ela”, conta Matheus.

O pensamento de Safira foi o mesmo. “Foi na Masterpiece que me apaixonei ainda mais pelo Matheus. Vi que ele era a personificação daquela paixão toda, e entendi que eu precisava viver aquilo com ele. Os torneios aceleraram nosso amor, em um mês ele me pediu em namoro, e antes da segunda temporada já estávamos casados. Hoje, viver os torneios ao lado do meu marido não é um hobby, é o cenário da nossa cumplicidade”, reforça a fotógrafa e videomaker. Ela acredita que os torneios são onde a história do casal se renova.

Por pouco, Matheus não conseguiu segurar o pedido de casamento até a temporada Submerged. Os dois estão casados há cinco meses.

De mala e cuia 6b5l1g

A parceria nas arenas da FIRST Robotics Competition (FRC) se transformou em parceria para a vida. Amanda Wilmsen, 21 anos, e Johnny Hoffmann, 26, se conheceram no nacional de robótica de 2023. Desde o início, a conexão entre os dois voluntários foi imediata e parecia que já se conheciam há anos. Em meio ao caos das competições e da montagem das arenas, Johnny fez uma promessa: “Ainda vou me casar com você.”

Apesar da conexão, os dois tinham medo de arriscar e perder a amizade. Antes do pedido de namoro, que veio um ano depois, tornaram-se melhores amigos, daqueles que se apoiam em tudo, mesmo à distância. Amanda morava em Novo Hamburgo (RS) e Johnny, em Londrina (PR). O namoro começou assim à distância, mas durou pouco: no mesmo ano, ele se mudou de volta para o Rio Grande do Sul, onde nasceu, só que agora para morar de vez com Amanda.

Hoje, o xodó da casa é a Maria Luiza, gatinha adotada durante as enchentes no estado. E o plano de vida segue firme: crescer na robótica, lado a lado. Juntos, os dois já foram voluntários em sete eventos.

“Somos completamente apaixonados pelo propósito dessas competições, e não existe jeito melhor de viver tudo isso do que juntos. É um privilégio fazer algo que amo tanto ao lado de uma pessoa que amo imensamente também”, declara Amanda.

200 filhos da robótica 1i5d1o

Amanda Fonseca, 36 anos, e Anderson Santos, 39, já comemoram as bodas de zinco. Após dez anos juntos, a história do casal começou com uma amizade entre técnicos de equipes. Ex-professores do SESI, eles construíram não apenas um casamento, mas também um projeto de vida em comum: uma escola de robótica. Fundada em 2017, a Cyberzukas Ensino Maker, em Campinas (SP), é a materialização do amor dos dois pela educação e pela tecnologia.

“Somos casados e vivemos a robótica no dia a dia. Seja planejando nosso método de ensino, elaborando novas apostilas, descobrindo materiais, organizando torneios pelo Brasil ou participando e torcendo com nossas equipes”, conta Amanda, refletindo sobre a rotina compartilhada entre o trabalho e a paixão que os uniu.

Juntos, eles têm não apenas um, mas 200 filhos da robótica - os alunos, que são fonte constante de orgulho para o casal nas competições pelo mundo. A próxima grande aventura já está marcada: em agosto, embarcam com a equipe para um torneio na China.

Revezamento em casa e em arena 3f314f

O pequeno Raul, de 4 anos, e a recém-nascida Maya, de apenas um mês, são frutos da história que começou em meio aos sensores, robôs e planilhas de pontuação da FLL. Ana Carolina Follador, 38 anos, e Filipe Oliveira, 35 anos, se conheceram durante o nacional de robótica de 2018, em Curitiba. Ela atuava como chefe da categoria Desafio do Robô, enquanto ele integrava a equipe de juízes da modalidade FLLC.

“Foi a robótica que nos uniu e é a grande responsável pela existência da nossa família. O nosso amor nasceu por conta desse encontro que tivemos no nacional”, relembra Carol, como é chamada pelos amigos dos torneios.


Desde então, a robótica não apenas marcou o início do relacionamento, como continuou presente em momentos significativos da vida em família. Foi no tapete de um torneio, por exemplo, que Raul aprendeu a se sentar sozinho, enquanto a mãe treinava em casa para mais uma competição.

Hoje, com a chegada de Maya, o casal faz uma pausa nas atuações conjuntas nas arenas. Eles se revezam nas participações como voluntários, mas já fazem planos para voltarem lado a lado à competição assim que a filha caçula crescer mais um pouco. Se depender da trajetória da família, os próximos capítulos também terão robôs e muito amor no roteiro.

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